Maria Delfina Louro Miguéns da Silva Martins
Margarido
Mestrado em Ciências da Educação –
Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
MODELOS E PRÁTICAS DE FORMAÇÃO
DE PROFESSORES
Professor:
Prof. Dr. Roque Antunes
Escola
Superior de Educação Almeida Garrett
Lisboa
2013
Coisas impossíveis é
melhor esquecê- las
Que desejá-las
Sonho
Luis Vaz de Camões
Reflexão
critica
As técnicas de modelos de formação
de professores foram dadas pelo Professor Roque Antunes, gostei do método como deu
as aulas com clareza, e saber. Foi pena as aulas terem sido dadas num tão curto
espaço de tempo, mas compreendo que nós estamos num curso de mestrado, virado
para a investigação.
A
minha motivação para este tema despertou o meu interesse, porque a minha dissertação vai ser na área de
“formação Inicial no Rio de Janeiro”, como tinha de fazer um trabalho de
investigação aproveitei fazer este tema.
Porque
gosto da formação Inicial? Segundo Alarcão ,(também é o meu pensamento),a
formação inicial é a primeira fase em que se aprende a ser professor,( (felizmente
tive oportunidade de fazer o curso a exercer as funções de educadora de infância
em simultâneo ,tive oportunidade de ter o acompanhamento por um supervisor, durante
os 3 anos de formação)
Mas
acredito que a formação inicial tem que ser acompanhada por um supervisor que
ajude, e não tenha só o papel de criticar, tem de ajudar para que o formando se
sinta confiante e com vontade para esclarecer as suas dúvidas.
Formar professores como? E para quê?
Os três AAA, que sustentam o processo
identitário dos professores; Adesão , Ação , Autoconsciência. Nóvoa
Entende-se
por formação inicial de professores “o inicio institucionalmente enquadrado num
processo de preparação e desenvolvimento da pessoa com o desempenho e a
realização profissional numa escola ao serviço da sociedade” Estrela ,M.T.
(2002) é certo que a formação não pode repetir modelos que se impuseram quando a função da escola era
reproduzir o conhecimento existente ,e considerado uma única cultura. A
dimensão social e o seu conhecimento do acto educativo e da complexidade que nas
situações sociais acarretam torna pacífico de certo modo, aceitar que os
professores tenham o domínio dos conhecimentos. Reconhece-se que
estes devem ser profissionalmente competentes para que a função dos contextos
onde exercem actividade profissional, desenvolvam projectos educativos e curriculare,
que proporcionam condições de sucesso para todos os alunos que
estão presentes no espaço escolar.
Espera-se
das instituições de formação de professores uma intervenção profissionalizante
que assegure aos novos profissionais através de condições e de situações que
permitam, aos futuros professores o desenvolvimento de competências para
intervir autónoma e criativamente nos contextos reais e situacionais. E quando
se aponta para esta intenção, entende-se por competência a capacidade de obter
um desempenho em situação real e de trabalho como refere Perrenoud (1998) “ um
saber mobilizar” que permita aos professores desenvolver a capacidade de mover
um conjunto de recursos, conhecimentos, esquemas de avaliação e de acção. Não
se trata da obtenção de mais saber ou de mais técnica mas sim do
desenvolvimento de processos pessoais que viabilizem práticas de
acção/intervenção originais e integradas.
Pensando
na formação que se orienta para este fim, é necessário que ela se organize
segundo um modelo e não recorra à acumulação de conhecimentos e que não siga o
modelo de transmissão de conhecimentos teóricos para que os futuros professores
os apliquem na prática e que ampliam o seu campo dos saberes, de conhecimento e
investigação, Marcelo (1999)
Não
podemos considerar os professores como consumidores de conhecimento, enquanto
sujeitos passivos, mas como sujeitos
ativos capazes de gerar conhecimento e valorizar esse conhecimento desenvolvido por outros que exige de uma formação de tipo
essencialmente transmissiva, mas, sobretudo apostando nas potencialidades dos
professores, a concepção do professor surge como um conceito mais apropriado
para o profissional do ensino
A
formação inicial tanto em Portugal como no Brasil, é uma etapa específica da
formação de professores, na qual os futuros professores adquirem os
conhecimentos pedagógicos disciplinas académicas Marcelo (1989); a fase da
iniciação corresponde aos primeiros anos de exercício profissional do professor
do qual os profissionais aprendam na prática em geral através de estratégias de
sobrevivência Marcelo (1991).
A
formação inicial é um momento fulcral para o desenvolvimento dessas
competências, mas não é o único. É o inicio de um processo de preparação e
desenvolvimento que deve ser continuado ao longo da vida profissional. Nóvoa
(1992) reforça a importância da interacção entre a qualidade do ensino e a
formação do professor afirmando não há ensino de qualidade, nem reforma educativa,
nem inovação sem uma adequada formação de professores.
A formação deverá estruturar-se numa
interacção permanente entre a prática e a reflexão individual e colectiva,
procurando soluções para a resolução de eventuais problemas que vão surgindo e
para recolher dados através da observação indispensáveis ao diagnóstico e à
tomada de posições criticas e reflexivas, que construtivamente levará à
formação dos formandos.
A
minha pergunta de partida não fica concluída, porque a formação de professores sofre modificações ao longo dos anos, por isso a
formação continua, é bom que assim seja, porque com a globalização temos que
estar sempre em actualização.
Concluímos
Ninguém se torna um professor perfeito, aliás
aquele que se acha perfeito e, nada mais tem a aprender, acaba se transformando
um grande risco para a comunidade educativa. O conhecimento não é algo pronto
acabado, como já falámos, ele está em contante construção por isso inacabado
assim como a nossa formação. Desta maneira precisamos estar em constante
formação na busca de novas ideias, novas técnicas, novos métodos educacionais
que promovam tanto o nosso aperfeiçoamento, quanto nossa conquista de melhores
condições para nos relacionarmos com os alunos, para que assim nos possamos adaptar a qualquer situação
Termino
o trabalho sendo esta a parte mais difícil, ao ter que fazer a minha avaliação,
nunca fiz avaliação de alunos em que tivesse que lhe atribuir uma nota
classificativa, mas tem de ser. Aproveite bem as aulas com gosto, fui assídua,
empenhada, se não fiz melhor talvez por não ter conseguido ou por qualquer
outro motivo, acho que mereço um Bom
~
Bibliografia
Alarcão ,Isabel (1996),Formação Reflexiva de professores.
Porto:Porto Editora
Estrela, M. T. & Estrela, A., org (2002). IRA, Investigação, Reflexão e Acção e Formação
de Professores. Porto: Porto Editora.
Marcelo
Garcia,Carlos (1989) Introducion a la formacion del professorado –Teoria y
Métodos.Sevilla:Editorial Universidad Sevilla
Marcelo Garcia, Carlos.(1999), Formação de professores. Para uma mudança
educativa. Porto: Porto Editora.
Nóvoa,A.(1992) Vidas
de professores. Porto editora
Perrenoud,
(1998) A Avaliação dos Estabelecimentos
Escolares:Um Novo Avatar da Ilusão Cientifica? Ideias (São Paulo), nº1999.
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