quarta-feira, 10 de julho de 2013

Modelos e técnicas de formação de professores


Maria Delfina Louro Miguéns da Silva Martins Margarido

 

 

 

Mestrado em Ciências da Educação – Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores

 

 

 

MODELOS E PRÁTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

 

Professor: Prof. Dr. Roque Antunes

Escola Superior de Educação Almeida Garrett

 

 

 

Lisboa

2013

                                                                                                 

 

 

 

 

 

 

 

 

Coisas impossíveis é melhor esquecê- las

Que desejá-las

Sonho

Luis Vaz de Camões

                                         

 

 

 

 

     

                                 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                

 

                    Reflexão critica

            As técnicas de modelos de formação de professores foram dadas pelo Professor Roque Antunes, gostei do método como deu as aulas com clareza, e saber. Foi pena as aulas terem sido dadas num tão curto espaço de tempo, mas compreendo que nós estamos num curso de mestrado, virado para a investigação.

A minha motivação para este tema despertou o meu interesse, porque  a minha dissertação vai ser na área de “formação Inicial no Rio de Janeiro”, como tinha de fazer um trabalho de investigação aproveitei fazer este tema.

Porque gosto da formação Inicial? Segundo Alarcão ,(também é o meu pensamento),a formação inicial é a primeira fase em que se aprende a ser professor,( (felizmente tive oportunidade de fazer o curso a exercer as funções de educadora de infância em simultâneo ,tive oportunidade de ter o acompanhamento por um supervisor, durante os 3 anos de formação)

Mas acredito que a formação inicial tem que ser acompanhada por um supervisor que ajude, e não tenha só o papel de criticar, tem de ajudar para que o formando se sinta confiante e com vontade para esclarecer as suas dúvidas.

             Formar professores como? E para quê?

          Os três AAA, que sustentam o processo identitário dos professores; Adesão , Ação , Autoconsciência. Nóvoa

Entende-se por formação inicial de professores “o inicio institucionalmente enquadrado num processo de preparação e desenvolvimento da pessoa com o desempenho e a realização profissional numa escola ao serviço da sociedade” Estrela ,M.T. (2002) é certo que a formação não pode repetir modelos que se  impuseram quando a função da escola era reproduzir o conhecimento existente ,e considerado uma única cultura. A dimensão social e o seu conhecimento do acto educativo e da complexidade que nas situações sociais acarretam torna pacífico de certo modo, aceitar que os professores  tenham o  domínio dos conhecimentos. Reconhece-se que estes devem ser profissionalmente competentes para que a função dos contextos onde exercem actividade profissional, desenvolvam projectos educativos e curriculare, que  proporcionam  condições de sucesso para todos os alunos que estão presentes no espaço escolar.

Espera-se das instituições de formação de professores uma intervenção profissionalizante que assegure aos novos profissionais através de condições e de situações que permitam, aos futuros professores o desenvolvimento de competências para intervir autónoma e criativamente nos contextos reais e situacionais. E quando se aponta para esta intenção, entende-se por competência a capacidade de obter um desempenho em situação real e de trabalho como refere Perrenoud (1998) “ um saber mobilizar” que permita aos professores desenvolver a capacidade de mover um conjunto de recursos, conhecimentos, esquemas de avaliação e de acção. Não se trata da obtenção de mais saber ou de mais técnica mas sim do desenvolvimento de processos pessoais que viabilizem práticas de acção/intervenção originais e integradas.

Pensando na formação que se orienta para este fim, é necessário que ela se organize segundo um modelo e não recorra à acumulação de conhecimentos e que não siga o modelo de transmissão de conhecimentos teóricos para que os futuros professores os apliquem na prática e que ampliam o seu campo dos saberes, de conhecimento e investigação, Marcelo (1999)

Não podemos considerar os professores como consumidores de conhecimento, enquanto sujeitos passivos, mas como sujeitos  ativos capazes de gerar conhecimento e valorizar esse  conhecimento desenvolvido  por outros que exige de uma formação de tipo essencialmente transmissiva, mas, sobretudo apostando nas potencialidades dos professores, a concepção do professor surge como um conceito mais apropriado para o profissional do ensino

            A formação inicial tanto em Portugal como no Brasil, é uma etapa específica da formação de professores, na qual os futuros professores adquirem os conhecimentos pedagógicos disciplinas académicas Marcelo (1989); a fase da iniciação corresponde aos primeiros anos de exercício profissional do professor do qual os profissionais aprendam na prática em geral através de estratégias de sobrevivência Marcelo (1991).

            A formação inicial é um momento fulcral para o desenvolvimento dessas competências, mas não é o único. É o inicio de um processo de preparação e desenvolvimento que deve ser continuado ao longo da vida profissional. Nóvoa (1992) reforça a importância da interacção entre a qualidade do ensino e a formação do professor afirmando não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação sem uma adequada formação de professores.

 

 A formação deverá estruturar-se numa interacção permanente entre a prática e a reflexão individual e colectiva, procurando soluções para a resolução de eventuais problemas que vão surgindo e para recolher dados através da observação indispensáveis ao diagnóstico e à tomada de posições criticas e reflexivas, que construtivamente levará à formação dos formandos.

A minha pergunta de partida não fica concluída, porque a formação de professores sofre  modificações ao longo dos anos, por isso a formação continua, é bom que assim seja, porque com a globalização temos que estar sempre em actualização.

 

   Concluímos

 Ninguém se torna um professor perfeito, aliás aquele que se acha perfeito e, nada mais tem a aprender, acaba se transformando um grande risco para a comunidade educativa. O conhecimento não é algo pronto acabado, como já falámos, ele está em contante construção por isso inacabado assim como a nossa formação. Desta maneira precisamos estar em constante formação na busca de novas ideias, novas técnicas, novos métodos educacionais que promovam tanto o nosso aperfeiçoamento, quanto nossa conquista de melhores condições para nos relacionarmos com os alunos, para que  assim nos possamos adaptar a qualquer situação

Termino o trabalho sendo esta a parte mais difícil, ao ter que fazer a minha avaliação, nunca fiz avaliação de alunos em que tivesse que lhe atribuir uma nota classificativa, mas tem de ser. Aproveite bem as aulas com gosto, fui assídua, empenhada, se não fiz melhor talvez por não ter conseguido ou por qualquer outro motivo, acho que mereço um Bom

 ~

 

 

 

 

                Bibliografia     

 

Alarcão ,Isabel (1996),Formação Reflexiva de professores. Porto:Porto Editora

Estrela, M. T. & Estrela, A., org (2002). IRA, Investigação, Reflexão e Acção e Formação de Professores. Porto: Porto Editora.

Marcelo Garcia,Carlos (1989) Introducion  a la formacion del professorado –Teoria y Métodos.Sevilla:Editorial Universidad Sevilla

Marcelo Garcia, Carlos.(1999), Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora.

Nóvoa,A.(1992)  Vidas de professores. Porto editora

Perrenoud, (1998) A Avaliação dos Estabelecimentos Escolares:Um Novo Avatar da Ilusão Cientifica? Ideias (São Paulo), nº1999.

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