Maria Delfina Louro
Miguéns da Silva Martins Margarido
Mestrado em Ciências da Educação –
Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
TEORIAS E MODELOS DE SUPERVISÃO
Ficha
de Leitura da Conferência –
Formação e Supervisão de Professores –
uma nova abrangência
Professora: Nilza Henriques dos Santos
Escola
Superior de Educação Almeida Garrett
Lisboa
2013
FICHA DE LEITURA
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CONFERÊNCIA-Avaliação
do Desempenho Docente-Desafios,Problemas e Oportunidades
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AUTOR(ES): Prof. Dr. Domingos Fernandes
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LOCAL:13º Congresso de Educação Hoje- Promoçao Texto Editora
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DATA:
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NOTAS SOBRE O AUTOR:
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Autor
fundamental, na análise dos desenvolvimentos de natureza teórico e prática
que nas ultimas décadas têm estado associados à avaliação dos professores e
educadores.
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RESUMO:
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Neste
artigo o autor procurou fazer um
resumo no domínio da avaliação dos professores, procurando de uma forma
acessível e sistemática apoiar a reflexão e discussão sobre a compreensão das
questões teóricas que suportam os processos científicos da avaliação.
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ESTRUTURA (organização
da obra e o significado das suas partes)
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Introdução
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O
autor dividiu a apresentação do seu artigo em três partes distintas, a
introdução depois cinco sessões onde
estabeleceu considerações acerca do domínio
cientifico da avaliação; a emergência da avaliação de professores; os
conceitos, concepções e abordagens da avaliação de professores, desdobrados
em competência, desempenho e eficácia dos professores, concepções de ensino e
concepções de avaliação de professores, testar professores e testar alunos:
que abordagens de avaliação, e modelos do processo e do produto na avaliação
de professores; o que podem as escolas fazer com tudo isto; desafios,
problemas e oportunidades da avaliação de professores, desdobrados nos
desafios, problemas e oportunidades. Finalmente uma conclusão de um artigo
que cobriu as várias visões do mundo, de escola, de aprendizagens, de valores
e éticas orientadores e também das políticas que motivam toda esta
problemática.
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Desenvolvimento:
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De
acordo com o autor um dos aspectos condicionadores de todos os modelos de
avaliação dos docentes constitui o propósito que se pretende alcançar com
essa avaliação, dos fins a que se destina determina, como refere o autor não
só a planificação e desenvolvimento de todas as matrizes ou grelhas de
avaliação, quer o tipo de interacção entre avaliadores e avaliados.
Efectivamente,
estando um pouco afastada das polémicas suscitados pelos diferentes modelos,
cujo objectivo genérico era enunciado como pretendendo melhorar o desempenho
dos professores, obrigando a uma responsabilização e prestação pública de
contas no exercício da profissão, rapidamente se transformou numa ferramenta
de diferenciação salarial, com toda a polémica que uma avaliação de
desempenho unicamente virada para progressão salarial acarreta.
Como
refere o autor citando Scriven (1994) Stake (2006) Worten e Sanders (1987) a
avaliação é uma disciplina relativamente recente, lutando ainda para que
possa ser considerada uma disciplina científica, sobretudo por parte da
comunidade cientifica considerar que a ciência não pode admitir quaisquer
juízos de valor.
Da análise
das diversas posições sobre esta temática, o autor refere que não sendo a
avaliação uma ciência exacta, a exemplo da Matemática e da Física, tal constatação
não significa que não possa e deva ser rigorosa, através de métodos e
procedimentos normalmente utilizados em qualquer ciência, de modo a se poder
construir um modelo de avaliação que seja rigoroso e credível dos pontos de
vista científico e social e que para além disso seja exequível, útil e
eticamente irrepreensível como refere.
Outro dos
pontos abordados pelo autor de extrema importância, refere aspectos que
considera fundamentais, na implementação de qualquer sistema de avaliação,
alguns dos quais considera incontornáveis, a transparência ou seja definição de critérios claros, simples e
relevantes, estabelecidos com clareza obedecendo a princípios claros, o objecto
ou seja a ligação inequívoca à melhoria da qualidade do ensino e ao
desenvolvimento profissional dos professores, os avaliadores e o reconhecimento das suas competências , a simplicidade evitando-se aquelas
matrizes infindáveis confusas, tornando inviável qualquer avaliação, credibilidade ou seja escolher métodos
para recolha de informação que seja viável e fiável, de utilidade
permitindo que seja possível tomar decisões sobre as suas conclusões e/ou
recomendações , participação uma
condição para o sucesso, ética ou
seja uma conduta que garanta que o processo é justo.
Ou seja reforçando as
opiniões do autor para que a avaliação seja justa e atinja os objectivos
pretendidos, em minha opinião torna-se indispensável que sejam retidos e
considerados os seguintes princípios básicos:
a) A avaliação deve ser objectiva, de modo a reduzir, ao mínimo possível, a
influência subjectiva do avaliador e as suas emoções pessoais, devendo o
avaliador concentrar a sua atenção, exclusivamente, na perícia, desempenho e
potenciais do avaliado.
b) A avaliação deve ser isenta e imparcial,
tendo sempre em vista que benevolência ou rigor aplicados em excesso à apreciação
de um professor prejudicarão ou beneficiarão, inevitavelmente, os professores
a quem for aplicado um grau de benevolência ou rigor diferentes.
c) A avaliação deve evitar influências de
“contaminação”. Um indivíduo que causa impressão favorável no primeiro
contacto, tende a ser avaliado com mais benevolência do que um outro que
causou uma impressão negativa, mesmo quando o
desempenho do último é melhor do que o do primeiro.
d) O resultado da avaliação não deverá ser influenciada por laços afectivos, simpatia
ou antipatia, entre avaliado e avaliador.
e) A avaliação deverá ter um carácter relativo, ou seja,
deverá situar o avaliado no conjunto de professores executando funções e
actividades idênticas, já que apenas é viável comparar “unidades” da mesma
natureza.
f)
A
avaliação deverá ter uma intenção
positiva e, sempre que dê uma imagem negativa de alguma das
capacidades do professor, deverá incluir sugestões que possam ajudar a
melhorar eventuais deficiências que o professor apresente nas suas
capacidades profissionais ou comportamento pessoal.
g) A avaliação não deverá ser usada como um meio
de punição ou de prémio para alguém, mas tão somente dar à escola uma imagem
das capacidades do professor e deverá comparar, com o mesmo grau de objectividade, as boas e fracas prestações do avaliado.
h) A avaliação deve ser especificamente baseada
no desempenho do professor, sem ser influenciada por eventuais informações
anteriormente conhecidas.
i)
A
avaliação das capacidades, desempenho e conduta do professor deverá ser
entendida como um processo de avaliação
contínua durante toda a sua carreira, não devendo preocupar os
avaliadores apenas na ocasião de preencher os respectivos impressos, que o
sistema imponha.
j)
Sempre
que existir uma impressão negativa, deverá ser tida em conta a eventual
existência de condicionalismo que possa estar a afectar, momentaneamente, o
professor.
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Conclusão:
No meu tempo de docência, a avaliação nunca
foi considerada uma prioridade, sendo como refere o autor um processo
burocrático, cumprindo as normas e procedimentos da tutela, tendo muito pouco
a ver com o ensino a aprendizagem e o crescimento profissional dos
professores e educadores.
Só muito
recentemente, e com o reconhecimento da avaliação tem vindo a ser discutidos
sistemas de avaliação de professores com finalidades tão diversas como a
selecção para efeitos de ingresso na profissão, na formação e desenvolvimento
profissional, para a melhoria do ensino, e progressão na carreira e aumento salarial.
A avaliação
de professores, pode assim continuar, como no meu tempo, a ser uma mera
rotina burocrática e administrativa, consumidora de tempo, esforço e
dinheiro, sem ter uma contrapartida de influenciar o desempenho, a
competência e a eficácia dos professores, ou pelo contrário como refere Nóvoa
(2005,2006), existe um transbordamento
da escola numa ideia de abordagem sistémica, em que a sociedade, os
responsáveis políticos, as escolas e os seus professores possam discernir
entre o que é verdadeiramente essencial e estruturante para o cumprimento da
sua missão e o que é meramente acessório.
O autor
culmina com uma ideia que ao longo do artigo se foi definindo e que considera
essencial, a avaliação só poderá ser um processo útil e rigoroso na melhoria
das competências e desempenhos dos professores se o sistema conseguir um
equilíbrio inteligente entre uma perspectiva de desenvolvimento profissional,
e uma perspectiva de responsabilização ou de prestação pública de contas centrada
em medidas de desempenho e de eficácia.
Em minha
opinião essa será a grande dificuldade.
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Bibliografia:
CONFERÊNCIA-Avaliação
do Desempenho Docente-Desafios,Problemas e Oportunidades Prof. Dr.
Domingos Fernandes - Texto Editores
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UNIDADE
CURRICULAR:
Teorias e
Modelos de Supervisão
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PROFESSORA:
Nilza
Henriques dos Santos
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MESTRANDA:
Maria Delfina Louro Miguéns da Silva Martins Margarido
Mestrado: Ciências
da Educação – Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
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